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Um terço das indústrias do Rio sofre com seca, que já provoca demissões
Rio de Janeiro tem maiores emissões no Brasil de ozônio (Foto Adriano Rosa)

Um terço das indústrias do Rio sofre com seca, que já provoca demissões

30% das indústrias do Rio de Janeiro já sofrem com a escassez hídrica. Esta é uma das conclusões de pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 4 de fevereiro, pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN). Ainda segundo a pesquisa, metade desses 30% já identifica aumento em seu custo de produção devido à crise da água na Região Sudeste e 6% relataram demissões em razão do grave cenário ambiental, enquanto 1,3% relataram férias coletivas. É mais um indicador do agravamento da crise hídrica na região mais rica e populosa do país e a confirmação da falta de planos de contingência por parte dos governos.

Nos últimos dois anos, segundo a FIRJAN, 56,7% das empresas já adotaram medidas voltadas à redução do consumo de água. Após a implementação dessas medidas, de acordo com a Federação, o resultado foi uma redução do gasto de água em 25,6%, em média.

Outra pesquisa divulgada em dezembro de 2014 pela FIRJAN já indicava a água como o quinto item de infraestrutura mais importante para as indústrias, citado por 27% dos entrevistados, a frente de portos (16%), ferrovias (14%) e aeroportos (6%).

Segundo a pesquisa de hoje, 57% das empresas do Rio de Janeiro já fazem controle do consumo de água, 48,3% desenvolvem campanhas internas de conscientização, 33,1% usam poços artesianos, 25,8% fazem reuso da água e 23,8% usam água da chuva. A pesquisa foi realizada junto a 487 empresas, com 59.849 trabalhadores, aproximadamente 15% dos empregos industriais fluminenses.

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