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Região de Campinas vai lutar por maior voz no Cantareira, diz Jonas
Prefeito Jonas Donizette afirma em Holambra que região de Campinas buscará maior participação no processo de renovação da outorga do Cantareira (Foto Adriano Rosa)

Região de Campinas vai lutar por maior voz no Cantareira, diz Jonas

A Região Metropolitana de Campinas (RMC) e todo o conjunto das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) precisam ter mais voz e participação no processo de renovação da outorga do Sistema Cantareira, que deve acontecer em 2015. Esta foi a ideia defendida na manhã desta quarta-feira, 25 de fevereiro, em Holambra, pelo prefeito de Campinas, Jonas Donizette, logo após ser eleito novo presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC.

Como lembrou o prefeito de Campinas, a renovação da outorga para que a Sabesp continue gerenciando o Sistema Cantareira deveria acontecer em 2014. Mas a renovação da outorga foi suspensa em função da crise hídrica, que tem levado à diminuição dos reservatórios do Cantareira, formados por águas da bacia do rio Piracicaba. A renovação deve então acontecer em 2015.

“A região de Campinas precisa ser contemplada, na renovação da outorga do Cantareira, em função da importância que tem no estado de São Paulo”, afirmou o prefeito Jonas Donizette. Ele apontou a crise hídrica como um dos principais desafios para o conjunto da RMC e de toda a região do PCJ neste ano.

Jonas lembrou ter solicitado ao governador Geraldo Alckmin a sua inclusão no Comitê que está discutindo a crise hídrica na Região Metropolitana de São Paulo. “Solicitei essa inclusão, porque o Cantareira tem relação direta com a Região Metropolitana de Campinas e as bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí. E na renovação da outorga precisamos estar mais presentes”, acentuou.

O Sistema Cantareira opera desde 1974, sempre gerenciado pela Sabesp. Foram 30 anos de administração centralizada na empresa do governo estadual. Em 2004 houve a renovação da outorga, por mais dez anos, mas agora com uma gestão compartilhada, com maior participação das bacias do PCJ, na medida em que saem da bacia do rio Piracicaba as águas que formam o Cantareira e alimentam quase metade da Região Metropolitana de São Paulo.

A expectativa é de uma nova e polêmica renovação da outorga em 2015, após o adiamento em 2014. Atualmente, em períodos normais, a bacia do rio Piracicaba tem garantida a liberação de 5 metros cúbicos por segundo, ou 5 mil litros por segundo, do Cantareira para contribuir no abastecimento de cidades “rio abaixo”, como Campinas, que capta mais de 90% da água no rio Atibaia. Mas as bacias PCJ tendem a solicitar uma proporção ainda maior, no momento de renovação da outorga, até o final de 2015.

Em função da crise, avançaram os entendimentos para a construção de duas barragens, em Pedreira e Amparo, para ampliar as ofertas de água nas bacias PCJ. O processo para a construção das duas barragens está em curso. (Por José Pedro Martins)  

 

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