Capa » Campinas 250 anos » Região de Campinas tem emissões de poluentes superiores às de Cubatão e São Paulo
Região de Campinas tem emissões de poluentes superiores às de Cubatão e São Paulo
Grande expectativa com relação ao Censo de 2020, para verificar estado da desigualdade na RMC e no Brasil (Foto Adriano Rosa)

Região de Campinas tem emissões de poluentes superiores às de Cubatão e São Paulo

Por José Pedro Martins

Algumas emissões de poluentes atmosféricos na Região Metropolitana de Campinas (RMC), como de hidrocarbonetos e óxidos de enxofre, que contribuem para a formação de chuva ácida, são superiores às de Cubatão e Grande São Paulo. As informações estão contidas no relatório “Qualidade do Ar no Estado de São Paulo 2014″, da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

O relatório revela que em 2014 o conjunto da RMC, formada por 20 municípios, e considerando somente as fontes fixas de poluição (indústrias monitoradas), emitiu 6,39 mil toneladas de hidrocarbonetos, contra 4.7 mil toneladas na Região Metropolitana de São Paulo  (RMSP) e 1,11 mil toneladas em Cubatão. Neste item,  a RMC foi líder de poluição no estado de São Paulo.

Em termos de emissão de óxidos de enxofre (SOx), que contribuem para a geração de chuva ácida, a Região Metropolitana de Campinas emitiu 13,54 mil toneladas de fontes fixas em 2014, perdendo apenas para Cubatão, que emitiu 15,80 mil toneladas. A RMC ficou à frente da Grande São Paulo, que emitiu 5,59 mil toneladas de óxidos de enxofre por fontes fixas, embora

No item óxidos de nitrogênio (NOx), a RMC emitiu 9,78 mil toneladas de fontes fixas em 2014, contra 7,62 toneladas em Cubatão e 15,43 na Grande São Paulo, que liderou o item.

O relatório da Cetesb afirma que “no estado de São Paulo destacam-se algumas áreas críticas em termos de poluição do ar, especialmente a RMSP e os polos industriais, alguns dos quais vêm ganhando relevância nos últimos anos”. Entre 2011 e 2014 a Cetesb aumentou em 30% a sua rede de avaliação da qualidade do ar, de 44 para 57 estações, um claro indicador da preocupação com poluição atmosférica.

No final de maio de 2015 foi inaugurada mais uma estação em Campinas, no Parque Portugal, ou Lagoa do Taquaral, visando “aprimorar o conhecimento sobre processos de transporte de poluentes na região, que conta com população de cerca de 3 milhões de habitantes, frota de mais de 1 milhão de veículos e parque industrial expressivo”. A Lagoa do Taquaral é frequentada regularmente por milhares de pessoas.

 

Sobre ASN

Organização sediada em Campinas (SP) de notícias, interpretação e reflexão sobre temas contemporâneos, com foco na defesa dos direitos de cidadania e valorização da qualidade de vida.

Deixe uma resposta