Capa » Cidadania » Campinas debate política municipal para refugiados
Campinas debate política municipal para refugiados
Todos aeroportos, inclusive Viracopos, terão um Plano de Manejo de Fauna (Foto Adriano Rosa)

Campinas debate política municipal para refugiados

Uma política pública para acolhimento dos refugiados está em discussão por setores da Prefeitura e da sociedade de Campinas. O objetivo da política municipal será a institucionalização, sistematização e regulamentação do acolhimento aos refugiados, que tendem a aumentar em Campinas e região, em função do incremento dos fluxos migratórios internacionais, decorrente de questões políticas, sociais e ambientais. A Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social é um dos órgãos que está participando da discussão.

As estimativas das Nações Unidas são de existência de mais de 45 milhões de refugiados no planeta, com tendência a aumentar. O Brasil recebeu 5.256 pedidos de refúgio em 2013, mais do que o dobro dos 2087 de 2012 e quase cinco vezes os 1138 de 2011. E foram concedidos pelo Brasil 649 refúgios em 2013, 199 em 2012 e 124 em 2011.

O ranking das origens dos pedidos de refúgio no Brasil em 2013 é liderado por Bangladesh, com 1837 pedidos. Bangladesh é um país especialmente afetado pelas mudanças climáticas globais. Em seguida apareceram Senegal (961 pedidos), Líbano (320) e Síria (256), estes dois últimos países entre os mais atingidos pelos conflitos políticos no Oriente Médio. O ranking dos pedidos concedidos é liderado pela Síria (284) e seguida pela República Democrática do Congo (106), Colômbia (88) e Paquistão 32).

São Paulo, com 1204, e Paraná, com 1088, são os estados com maiores números de registros de pedidos de refugiados em 2013. Na sequencia apareceram Distrito Federal (745), Rio Grande do Sul (491) e Acre (378).

Campinas é uma cidade que tende a estar cada vez mais internacionalizada, em decorrência de fatores como a ampliação do Aeroporto de Viracopos e de sua importante malha viária.

Um dos mais envolvidos na discussão pela regulamentação de uma política municipal para refugiados é o professor Lino Azevedo Júnior. “É muito importante Campinas ter uma política para refugiados, do ponto de vista humanístico, do acolhimento, etambém para que a cidade se prepare para os fatores associados”, assinala o professor Lino Azevedo Júnior. Uma reunião para avançar o debate sobre o tema acontece na sexta-feira, 17 de outubro, a partir das 14 horas, no Plenarinho da Câmara Municipal de Campinas.

Sobre José Pedro Soares Martins

Deixe uma resposta