Em tempos de câmeras ultrassofisticadas, com filtros de última geração e de multiuso, o preto e branco continua exercendo muito fascínio e neste campo Fabio Fantazzini é mestre. O claro e escuro é o seu território, um olhar refinado que desafia a hegemonia das fotos coloridas. Ele fez a transição do analógico para o digital mas o preto e branco continua provocando, tirando perspectivas da zona de conforto e fazendo pensar. Fantazzini é o novo destaque na Galeria Virtual da Agência Social de Notícias, com um ensaio de altíssima qualidade e densidade, muito representativo de sua obra.
O encanto pelo preto e branco foi levado para outra paixão, a docência. Fantazzini foi professor de fotografia no curso de Publicidade e Propaganda da UniFMU até 1987. Desde 1986, e até hoje, exerce o ofício no Atelier Fabio Fantazzini, em Campinas. Vários de seus alunos se firmaram e se destacaram na profissão, mas acima de tudo continuaram amando e praticando com gosto a arte da fotografia.
Fantazzini tem trabalhos publicados nos Estados Unidos, sobre a histórica fábrica de chapéus Cury, na Revista “Camera & Darkroom”. Tem, igualmente, trabalhos catalogados no Museu de Artes de Houston, no Texas, sobre ofícios. Esta é uma das áreas em que sempre atuou, a documentação do trabalho, dimensão humana que cabe á perfeição no preto e branco.
Participou de várias exposições, como uma que se tornou legendária, em 1989. Foi a Coletiva “VIII Semana Nacional de Fotografia”, promovida pela FUNARTE/INFOTO e pelo Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas, no Centro de Convivência Cultural de Campinas, realizada com importante esforço de Suzana Ribeiro. Em 1993, foi a vez da exposição individual sobre a Fábrica de Chapéus Cury, na Galeria Cromo. Foi anos depois, nova individual, sobre trabalho artesanal, na Galeria Cromo: “Barro, Vidro e Metal”.
Em 2011 mais uma exposição individual, sobre o histórico cemitério de La Recoleta, de Buenos Aires, Argentina, no periódico “Café & Arte”. Três anos depois Fantazzini participou da coletiva “Cidade Imaginária”, no Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MACC), ao lado de outros nomes importantes da fotografia de arte, como Celso Palermo, Fernando Righetto e Martinho Caires.
É esta história de ligação orgânica com a fotografia, mais uma que nasceu e cresceu na terra da fotografia, onde Hercule Florence fez suas experiências pioneiras, que a Galeria Virtual ASN resume a partir desta terça-feira, dia 30 de maio. O propósito da Galeria é justamente o de divulgar e valorizar o trabalho de profissionais da fotografia e artes plásticas de Campinas e região.