O Sistema Cantareira terá limites de operação entre 01 de junho e 30 de novembro. A definição sobre os limites sairá de um encontro na segunda-feira, dia 25 de maio, às 10 horas, na Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, entre os órgãos reguladores do Sistema Cantareira, que são a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), com os comitês das bacias hidrográficas do Alto Tietê, onde está a Grande São Paulo, e dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), na região de Campinas. Também participa a Sabesp, estatal que gerencia o Sistema Cantareira.
Os envolvidos já conhecem a proposta da ANA e DAEE. Em linhas gerais, a proposta prevê limite de retiradas de 13,5m³/s, na elevatória de Santa Inês, para a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) entre 01 de junho e 31 de agosto, e de 10m³/s entre 1 de setembro e 30 de novembro. Estão consideradas, nesses limites, as vazões no túnel cinco e da regularização do reservatório Paiva Castro. Para o PCJ, estão previstas vazões médias de 3,5m³/s no período entre 1 de junho e 30 de novembro.
O Cantareira é responsável pelo abastecimento de parte importante da Grande São Paulo e também tem impacto no abastecimento de municípios nas bacias PCJ, inclusive Campinas. Atualmente o Cantareira está com 19,7% de sua capacidade, já considerando o uso do chamado Volume Morto.
O período seco e de limitação de uso do Cantareira coincidirá com o processo de discussão sobre a renovação da outorga para que a Sabesp continue operando o Sistema. O cronograma estabelecido pela ANA e DAEE prevê que os termos da nova outorga devem estar estabelecidos até 31 de outubro. A última outorga, de 2004, venceu em 2014, mas a renovação da outorga foi prorrogada, em função da crise hídrica, durante a qual quase o Cantareira secou totalmente.