Nesta segunda-feira, dia 14 de julho, Campinas completa 240 anos. Capítulos que marcaram essa história estão reunidos no livro “Basílica do Carmo: História de Fé no Coração de Campinas”, de José Pedro S.Martins (Editora Komedi, 2010). Os primeiros passos da carreira musical de sucesso de Carlos Gomes, a associação entre Igreja e Estado desde o período colonial, a atuação da Liga Eleitoral Católica, a passagem pela cidade do Padre Landell de Moura, para muitos o inventor do rádio, como um indicador do polo científico e tecnológico local – todos esses e outros momentos expressivos da biografia local estão no livro sobre a Basílica do Carmo, onde, segundo a tradição, descansam os restos mortais de Francisco Barreto Leme, o fundador da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso. O texto integral do livro está disponível na Internet, no endereço http://www.basilicadocarmocampinas.org.br/livro_basilica_01.htm
A Basílica do Carmo foi construída no local onde foi erguida a primeira Igreja de Campinas e onde foi rezada a primeira missa, a 14 de julho de 1774, a data oficial de fundação da Freguesia e também de instalação a paróquia de Nossa Senhora da Conceição. A Freguesia tornou-se Vila de São Carlos a 14 de dezembro de 1797, quando foi instalada a Câmara Municipal, que funcionou em um prédio próximo de onde hoje está situado o monumento-túmulo a Carlos Gomes, de frente para a Igreja. Em fevereiro de 1842 Campinas já se tornava uma cidade, agora com a força cada vez maior do café.
Em 1870 a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição foi desmembrada. Sua sede passou a ser a Matriz Nova, atual Catedral Metropolitana de Campinas. E, com o desmembramento, foi criada a Paróquia de Santa Cruz, sediada na chamada Matriz Velha, a antecessora da atual Basílica do Carmo. Um importante acervo artístico está presente na Basílica, como o altar-mor de Lélio Coluccini e as pinturas de Bruno Sercelli.
A história da Basílica do Carmo representa, portanto, um microcosmo da história de Campinas. É este o sentido do livro, que tem apresentação do Padre Pedro Carlos Cipolini, então pároco do Carmo e que logo depois foi nomeado bispo de Amparo.