Indaiatuba terá 264.595 moradores em 2030, quase 50 mil a mais do que os 220.762 de 2014, nas estimativas da Fundação Seade. Outras projeções indicam uma população de quase 290 mil em 2030. Preparar a cidade para os próximos 20 anos é um dos propósitos do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) de Indaiatuba, que acaba de ser sancionado pelo prefeito Reinaldo Nogueira e que servirá como instrumento de trabalho de planejamento para a Prefeitura e Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE). Indaiatuba é um dos primeiros municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC) a concluir seu PMSB.
Os municípios brasileiros tinham até dezembro de 2015 para formular seus Planos Municipais de Saneamento Básico. Entretanto, como a maioria atrasou seus processos municipais, o prazo foi ampliado para 31 de dezembro de 2015, em função do Decreto Federal 8211/2014.
Em Indaiatuba o Plano Municipal foi elaborado pela Engecorps Engenharia, com um investimento de R$ 1.309.398,16, dos quais R$ 735 mil derivados de convênio firmado com o Governo Federal, por intermédio do Ministério das Cidades. Várias secretarias municipais foram envolvidas na elaboração.
Todo o processo de elaboração do Plano considerou a inserção de Indaiatuba no contexto das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). Os serviços municipais em água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem urbana – componentes obrigatórios dos PMSBs – consideraram essa posição geográfica e dinâmica populacional e econômica local e regional.
A área de expansão urbana considerada no Plano compreende as sub-bacias do rio Jundiaí e dos córregos do Garcia ou Buruzinho e do Morro Torno, afluente do Capivari-Mirim. A área rural abrange as bacias dos cursos d´água: Água do Barreiro, Ribeirões da Grama, da Ponte Alta, Campo Grande, e Buru, e Córregos do Valério, da Fonte ou Santa Rita, do Brejão e do Jacaré, além dos afluentes superiores do rio Capivari-Mirim.
Demanda de água – Para atender à demanda de água local considerando uma cota individual de 195 litros por habitante/dia, preconizados por órgãos internacionais, o Plano Municipal considera um conjunto de ações. Entre elas, a redução as perdas na rede de distribuição de água, de 32,2% em 2013 para 26,6% em 2030 e 25% em 2035.
Também estão projetadas obras de estações de tratamento de água e de captação. Nesse caso, Indaiatuba está perto de inaugurar uma represa com capacidade de armazenar 880 milhões de litros de água bruta, captada no rio Capivari-Mirim. Mas o município também projeta uma nova captação de água no rio Jundiaí, o que era feito até 2004 mas foi suspenso em função do agravamento da poluição.
Esgotos urbanos – Indaiatuba tem três Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) atualmente: Portal de Itaici, São Lourenço e Mário Candello. Estas estações têm a capacidade de tratamento entre 10 e 15 toneladas de DBO/dia (DBO é a Demanda Bioquímica de Oxigênio).
Está em curso um projeto de ampliação da ETE Mário Candello, para tratar entre 30 e 41 toneladas/DBO/dia em 2035. A despoluição do rio Jundiaí representa um dos grandes desafios para Indaiatuba e toda a bacia hidrográfica correspondente. A utilização de água de reuso, resultante da operação das ETEs, é uma possibilidade sugerida no Plano Municipal de Saneamento Básico de Indaiatuba, que também considera medidas para melhoria da destinação de resíduos sólidos e do sistema de drenagem urbana.