Depois da leve recuperação ocorrida entre fevereiro e março, por causa das fortes chuvas, os sistemas de água que abastecem a Grande São Paulo voltam a preocupar. Nesta segunda-feira, 13 de abril, três dos seis sistemas apresentaram queda, dois ficaram estacionados – inclusive o Sistema Cantareira – e somente um registrou alta, o Rio Claro, de 45,4% para 45,5%. Com a situação dramática do Cantareira, o abastecimento na região de Campinas tende a ser crítico ao longo de 2015.
Os três sistemas em queda são o Guarapiranga (de 83,8% para 83,6%), o Alto Tietê (de 22,1% para 22,0%) e o Rio Grande (de 96,6% para 96,5%). O Sistema Cotia permaneceu estacionado em 64,6% e o Sistema Cantareira, em 19,9%.
A situação do Sistema Cantareira, estacionado há três dias depois de seguidas elevações diárias, e do Alto Tietê é a mais inquietante. O Cantareira abastece quase seis milhões de moradores e o Alto Tietê, 4,5 milhões de habitantes da Grande São Paulo.
O Cantareira também tem repercussão direta no abastecimento de água da região de Campinas, localizada nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). Mesmo com as chuvas de fevereiro e março, o Cantareira está em estado crítico, operando em volume 60% abaixo do que apresentava nesse mesmo período em 2014.
O Consórcio PCJ, que reúne municípios e empresas, já manifestou a sua preocupação com as vazões de meio metro cúbico por segundo que o Sistema Cantareira está enviando, atualmente, para as bacias da região de Campinas. Caso essa vazão seja mantida, ela será insuficiente para atender a região durante a estiagem de 2015. A crise hídrica continua, portanto, e novas medidas deverão ser anunciadas pelos gestores nos próximos dias.