Maior manancial de abastecimento de água da região de Campinas, o rio Atibaia teve picos de vazão em fevereiro e março, em função das chuvas registradas nesses meses, levando a um cenário diferente do verificado no início de 2014, quando o seu leito ficou praticamente seco. Entretanto, nos últimos dias, ao longo do mês de abril de 2015, tem ocorrido uma queda substancial nas vazões do Atibaia, realimentando a preocupação regional com as condições de abastecimento. O rios Jaguari e Piracicaba também apresentam baixas vazões.
Às 20h30 desta segunda-feira, 27 de abril, a vazão do Atibaia estava em 1,93 metros cúbicos por segundo (m3/s) em Atibaia, em 6 m3/s na captação de Valinhos (pouco antes da captação da Sanasa para Campinas, no distrito de Sousas), em 3,96 m3/s na Estação de Desembargador Furtado e em 6,80 m3/s acima de Paulínia. Cada metro cúbico equivale a 1 mil litros de água.
O rio Jaguari, outro manancial da região de Campinas, situada nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), também está com baixas vazões. Era de apenas 0,67 m3/s em Jaguariúna. Em Cosmópolis, era de 5,59 m3/s, e em Limeira, de 10,09 m3/s.
Baixa vazão para esta época do ano também para o rio Piracicaba, formado pelos rios Atibaia e Jaguari. Era de 41.92 m3/s em Piracicaba. No dia 22 de março deste ano, a vazão do Piracicaba era de 267 m3/s. A média para abril é de 117,75 m3/s. Os dados são da Rede Telemétrica do Rio Piracicaba, ligada ao Sistema de Alertas a Inundações de São Paulo (SAISP).
A região intensifica medidas para enfrentar a estiagem que pode ser prolongada e intensa nos próximos meses. Em Limeira está sendo construído um piscinão para captar água da chuva, também contribuindo para equacionar o drama das enchentes na região central. Em Campinas estão sendo construídos novos reservatórios.