Rádio, Tv, Internet, Cinema, Multimídias, quais canais temos? Quais queremos? Quais nos representam e quais não nos representam na era da imagem? Alguma das perguntas que serão feitas na quinta edição da SEDA – Semana do Audiovisual Campinas, que começa neste domingo, 16 de agosto, e vai até dia 26, em vários pontos da cidade, em promoção do Coletivo Moinho e outros coletivos, grupos e Casas de Cultura. Serão várias atividades, todas gratuitas, em diversos espaços da cidade, com campanhas temáticas sobre saúde mental, gênero e transgênero, movimento negro e práticas culturais de raízes africanas e multilinguagem, entre outras.
A V SEDA 2015 começa neste domingo, às 15 horas, com atividade da campanha SEDA Gêneros, a peça de teatro “As rosas falam”, pelo coletivo Levante Mulher, com texto e direção de Miriam Selma. Uma performance poética sobre a condição feminina numa sociedade machista.
Às 18 horas, dentro da SEDA Memória, exibição do documentário “PixoAção”, de Bruno de Jesus Rodriguesi, seguida do debate “Ocupações de espaços públicos: Identidade e Pertencimento nas grandes cidades. Ocupação da Exposição do MIS (Como se Ocupa um Vazio?) O que você levaria para expor no Museu?) Quais são as vozes e as imagens da cidade hoje?” Participação de Djan, pixador da grife “Os Mais Fortes”, e Bruno de Jesus Rodriguesi. Será no Museu da Imagem e do Som de Campinas (MIS), rua Regente Feijó, 859, no centro, local de várias atividades da V SEDA Campinas 2015.
O MIS Campinas também recebe a abertura oficial da V SEDA nesta segunda-feira, 17 de agosto, às 14 horas, com a Ocupação Exposição SEDA “O que você levaria para um museu? Quais são as vozes e as imagens da cidade hoje?” Ainda no MIS, às 19 horas, dentro da SEDA Gêneros, exibição do filme “Quase samba”, de Ricardo Targino, e debate “Desconstruindo os papéis sociais do homem, da mulher e dos transgêneros. E o cinema nacional com isso?”, com a participação de realizadores do filme via web. Os dois debates, de hoje e amanhã, terão transmissão pela http://socializandosaberes.net.br
A Semana do Audiovisual – SEDA é um festival de audiovisual e multimídias que acontece de forma integrada com cerca de 100 SEDAs, em cidades do Brasil e América Latina. Iniciadas pela rede nacional Fora do Eixo em meados de 2009, as SEDAs trouxeram um boom de formas e pensares para descentralizar os gargalos e meios produtivos do audiovisual das grandes empresas e produtoras que dominavam os circuitos existentes.
SEDA se define por princípio como um festival alternativo e independente, um evento comunitário, descentralizado e plural, que incentiva e estimula a circulação, produção e a discussão de obras audiovisuais nacionais no micro e no macro, numa perspectiva de incidir como tecnologia social para organização, formação e participação de grupos, coletivos e movimentos não-hegemônicos de cada cidade.
Produzir, formar, exibir, refletir, debater e propor temáticas artísticas, sociais e populares por meio das linguagens audiovisuais nas multilinguagens. Objetivos da SEDA, que também busca incentivar a produção colaborativa e partilhada na construção de espaços cognitivos e interconectados para, por meio de processos e obras audiovisuais, protagonizar outras imagens, outras realidades e outras narrativas sociais já existentes em Campinas-SP. Web-rádio, web-tv, imagens, sons, experiências multimídias que propiciem e incluam as práticas em tecnologias e pedagogias livres que possibilitem a inclusão de expressões e produções partilhadas de conhecimento.
O evento contará com programações artísticas, culturais e de formações em espaços públicos e/ou iniciativas culturais na cidade, que trabalhando em rede e de forma compartilhada gerem um processo de interações, trocas, vínculos sociais e autonomia nas diversas formas de manifestações culturais. Entre eles, a Casa de Cultura Fazenda Roseira, Casa de Cultura Tainã, Câmara Municipal de Campinas, Museu da Imagem e do Som de Campinas, Centro Pop; e praças públicas como a Praça Rui Barbosa, Praça Bento Quirino, Praça da Catedral, entre outras organizações e grupos.
Entre as campanhas temáticas da SEDA este ano estão SEDA Louca: proposto dentro da temática da Saúde Mental e Luta Antimanicomial em Campinas; SEDA Preta: Produzida por coletivos atuantes no movimento negro e nas práticas culturais de matriz africana; SEDA Rua: na perspectiva de trabalhar o espaço público e quem nele se insere, identifica, vive e disputa culturalmente; SEDA Gêneros: para os debates sobre gêneros, transgêneros, luta das mulheres, entre outras questões; SEDA Multilinguagem: a mistura de linguagens artísticas e sociais na disputa dos imaginários e hegemonias impostas; SEDA Mídia e Tecnologia: trabalha a luta pela democratização da comunicação e o acesso de direitos pela comunicação como um direito humano.
E mais: SEDA Memória, na perspectiva de discutir as formas de organização de acervo, memória histórica da atualidade já dentro dos meios digitais. SEDA Práticas Culturais Periféricas que este ano discutirá o Funk e as identidades e subjetividades desta vertente musical e social. SEDA Juventude, que tem a intenção de discutir, aceitar e incluir as práticas vigentes na atualidade. SEDA Trabalho, que propõe fazer um recorte das práticas do mercado, no avanço social e político dos grandes centros.
Programação completa em https://moinhocoletivo.wordpress.com/programacao-seda/