O crescimento do número de casos de microcefalia em todo país, a circulação do zika vírus na Região Metropolitana de Campinas (RMC) e o fato de Campinas ser líder nacional em casos de dengue em 2014 e 2015, entre outros fatores, levaram a Unicamp a criar um Grupo de Trabalho (GT) especial dedicado a pesquisar e discutir caminhos de combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. A próxima reunião do GT será no dia 14 de janeiro. A Universidade também estuda a criação de um laboratório especial para aprofundar pesquisas na área. É mais um sintoma do aumento da preocupação com epidemias em 2016 na RMC.
A força-tarefa criada na Unicamp é coordenada pela pró-reitora de pesquisa da instituição, Gláucia Pastore. O GT teve um primeiro encontro no dia 17 de dezembro, para discutir as linhas de pesquisa. Nos próximos momentos haverá a apresentação de trabalhos de pesquisadores já realizados e relacionados a dengue, zika vírus e febre chikungunya.
O laboratório em estudo pela Unicamp é do tipo de nível 2 de segurança biológica, que demanda recursos sofisticados. Enquanto o laboratório próprio não é concretizado, a Universidade utilizará, em suas pesquisas, laboratórios de outros municípios.
O último levantamento do Ministério da Saúde apontou 2.975 casos suspeitos de microcefalia no país, em 656 municípios de 20 unidades da federação. Estão sendo investigados 40 casos de mortes suspeitas de microcefalia relacionadas ao vírus zika. O vírus zika já circulou na RMC, com caso confirmado especificamente em Sumaré.
Em dezembro, o Conselho de Desenvolvimento da RMC anunciou que haverá um combate intermunicipal à dengue, zika vírus e febre chikungunya na região de Campinas.