Desde 1985, primeiro ano da redemocratização, até 2013, o Brasil teve 1577 assassinatos na luta pela reforma agrária. A menor média anual, de 33 mortes por ano, foi registrada nos três primeiros anos do governo da presidente Dilma Rousseff. A maior média, de 119,8 assassinatos, pertence ao governo de José Sarney, imediatamente após o fim do regime militar. O maior número absoluto de assassinatos em um ano, de 161, também ocorreu no governo Sarney, em 1987.
Os números constam dos levantamentos anuais feitos pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). O órgão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também documenta os números de conflitos, de ocupações de terra, de casos de trabalho escravo e outros aspectos associados à luta pela reforma agrária.
Durante os cinco anos do governo Sarney (1985-1989) foram cometidos 599 assassinatos na luta pela reforma agrária. No governo Collor (1990-1992) foram cometidos 183 assassinatos, representando média anual de 61 mortes. Durante o curto governo de Itamar Franco (1993-1994) foram 99 mortes no campo, média anual de 49,5.
Nos oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) foram 292 assassinatos, ou média de 36,5 mortes por ano. Durante o governo Lula (2003-2010) foram cometidos 305 assassinatos, o que significa uma média de 38,1 mortes por ano.
GOVERNO | ANO | ASSASSINATOS |
José Sarney | 1985 | 139 |
1986 | 122 | |
1987 | 161 | |
1988 | 110 | |
1989 | 67 | |
Fernando Collor de Mello | 1990 | 82 |
1991 | 54 | |
1992 | 47 | |
Itamar Franco | 1993 | 52 |
1994 | 47 | |
Fernando Henrique Cardoso | 1995 | 41 |
1996 | 54 | |
1997 | 30 | |
1998 | 47 | |
1999 | 27 | |
2000 | 21 | |
2001 | 29 | |
2002 | 43 | |
Luiz Inácio Lula da Silva | 2003 | 73 |
2004 | 39 | |
2005 | 38 | |
2006 | 39 | |
2007 | 28 | |
2008 | 28 | |
2009 | 26 | |
2010 | 34 | |
Dilma Rousseff | 2011 | 29 |
2012 | 36 | |
2013 | 34 |
Fonte: Conflitos no Campo Brasil CPT