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O cancelamento da Virada Cultural oficial em Campinas gerou um movimento espontâneo de grupos de jovens, que se uniram para promover sua própria iniciativa. No espírito das ações de ocupação de prédios e espaços públicos que têm ocorrido em todo país, nas áreas cultural, educacional e da saúde, os grupos realizam a Virada Popular Cultural neste final de semana, dias 28 e 29 de maio, na Praça Arautos da Paz. A Virada Popular, de perfil inédito em São Paulo, começou neste sábado às 11 horas e a programação será encerrada às 22 horas de domingo.
A Virada Popular Cultural foi articulada “de forma espontânea e independente por grupos da sociedade civil”, afirma o estudante secundarista Felipe Mendes Morgante, um dos organizadores. Ele e outros organizadores são ligados ao Sarau Arte Viva, outra ação de ocupação de espaço público que ocorre há vários anos no Centro de Convivência Cultural, no Cambuí, como uma reação ao fechamento do teatro interno e de arena. Mas Felipe diz que outros grupos, vinculados a outras ações, também participam da organização.
Nos moldes da realização do Sarau Arte Viva (ver aqui), os organizadores da Virada Popular Cultural abriram um evento no Facebook, para captar ideias e promover discussões. Eles obtiveram o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e a Prefeitura oficializou a cessão da Praça Arautos da Paz para o evento. Trata-se do mesmo espaço onde seria realizada a Virada Cultural, cancelada por falta de verba, como informou recentemente a Agência Social de Notícias (ver aqui).
Outros órgãos públicos também deram apoio à iniciativa dos jovens, que se mobilizaram para conseguir a infraestrutura necessária e conseguir a adesão de grupos e artistas independentes, igualmente na linha do que ocorre com o Sarau Arte Viva. Foram criados grupos de trabalho para facilitar a organização e já foi confirmada a participação de grupos e artistas em dança, poesia, performance, teatro, artes visuais e outras linguagens artísticas. Mais de 160 grupos/pessoas se inscreveram e a organização lamenta que não pôde incluir a todos na programação.
No sábado está prevista a participação de Jotaesse, Quilombola Rec & Higor Lima, Monts, Spy MC, Phelipe Agnelli, Vagale, Alessandra Pagu, Linguagem Híbrida, Gangster, Ekena, Nicole Della Courtte, Lucas Madi, Ferdi, Bateria Alcalina, Xegado, Bangloko Sound e Rapha Ribeiro and One Project.
À zero hora de domingo continua a programação, seguindo até 22 horas, com Cidadão José, Thiago Galetta, Nelsinho NK2, Emmy Weed, Nega May, Esquina, DJS, Joseph Garret, Rodrigo Nini, Low, Natural Mystic, Levi Tavares e Natalia Vale, Ericksom, Canela, Função Original, Kabbalah MC`S, Muito mais que isso, Skinner & Elvis Dop, Mr.Kill, Oito Mãos, Joe Fyah, Dr.Sinistro, Johnny Pestanas, Campinas Posse – México – Ozion, Corisco e Campinas Posse – Flavio Rude – Julivan Lemes.
Além da programação de shows (ver completa abaixo), haverá outras atividades como Clínica de Futebol Americano, Capoeira, Teatro (com Teatro do Oprimido e Gargarejo Cia Teatral), Encontro de Improvisação em Dança e Graffiti. Também haverá arrecadação de agasalhos, livros, papel, giz e tinta.
“Nós estamos buscando a garantia de direitos, no caso o direito à cultura e o acesso a espaços públicos, como também ocorre a busca de direitos na saúde e na educação”, diz Felipe Mendes Morgante. Estão previstas 36 horas de atividades, em um grande esforço da juventude de Campinas para manter o sentido da Virada Cultural, que está acontecendo normalmente em outras cidades paulistas.
Arte – produzida e divulgada pelos organizadores – com a programação, com respectivos horários, da Virada Popular Cultural de Campinas
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