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Defesa Civil e Cepagri alertam para risco de temporais na região de Campinas e Sul de Minas: dengue preocupa
É alto o risco de fortes temporais nos próximos dias em Campinas e região, e dengue e Chikungunya preocupam (Foto Adriano Rosa)

Defesa Civil e Cepagri alertam para risco de temporais na região de Campinas e Sul de Minas: dengue preocupa

A Defesa Civil de Campinas e o Cepagri/Unicamp estão alertando para o alto risco de fortes temporais nas próximas 72 horas na região e também no Sul de Minas. O fenômeno deve-se à chegada de uma frente fria no Sudeste de São Paulo, o que pode provocar fortes pancadas de chuva pelo contato com a umidade vinda da Amazônia. Vários bairros de São Paulo já foram atingidos por fortes chuvas ontem e hoje, dias 10 e 11. Um pequeno exército está nas ruas de Campinas nesta e na próxima semana, em operação para a eliminação de possíveis criadouros do mosquito da dengue e Febre Chikungunya.

Pela maior cobertura de nuvens, o Cepagri estima que as temperaturas ficarão ligeiramente mais baixas, com máximas de 28C à tarde e 19C pela madrugada. A umidade relativa do ar permanecerá elevada, assim como o Índice Ultravioleta.

A Defesa Civil de Campinas alerta para os riscos de transtornos como deslizamentos de terra e transbordamentos, em consequência da possibilidade de chuvas mais intensas e continuidade das precipitações. O coordenador da Defesa Civil de Campinas e região, Sidnei Furtado Fernandes,  observa que todos os órgãos municipais envolvidos na Operação Verão foram alertados para os efeitos da chegada da frente fria.

A Operação Verão começou em Campinas no dia primeiro de dezembro, por decreto do prefeito Jonas Donizette. Entretanto, os trabalhos preventivos começaram já em outubro, visando minimizar os possíveis impactos de temporais.

Dengue e Chikungunya- Com o possível início de uma temporada mais forte de chuvas, ao contrário do que foi visto durante o ano, os órgãos de saúde pública de Campinas e região estão aumentado a atenção para a dengue e Febre Chikungunya, transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes Aegypti. Em Campinas já existe uma ofensiva para evitar a proliferação de criadouros. A cidade passou por uma epidemia histórica de dengue no início do ano. Foram mais de 40 mil casos.

Uma megaoperação contra a dengue está sendo implementada nas regiões Sudoeste e Norte de Campinas nesta semana, em bairros próximos ao Aeroporto de Viracopos e região dos Amarais. Na região Sudoeste, onde desde agosto foram registrados 23 casos da doença, nos dias 9 e 10 de dezembro houve bloqueio químico veicular, com aplicação de inseticida para matar o mosquito adulto da dengue. As próximas aplicações estão programadas para os dias 15 e 19 de dezembro.

 A Prefeitura informou que, além disso, as equipes, com cerca de 200 profissionais, estão atuando em 181 quarteirões, a maioria na abrangência do Centro de Saúde (CS) Aeroporto. Também estão sendo trabalhadas áreas do DIC I e DIC III, com remoção e inviabilização de criadouros, limpeza de áreas públicas e de córregos, remoção de entulhos, busca ativa de pacientes com sintomas da doença e ações de educação em saúde, comunicação e mobilização social.

A previsão é abranger aproximadamente 7,2 mil imóveis dos bairros Vila Aeroporto, Aero Aeroporto, Filadélfia, Vila Borghi, DIC V de Março, Carlos Marighela, DIC VI, DIC II, Jociara e Jardim Rosalina. Não será necessariamente trabalhado o bairro todo, mas somente as áreas com transmissão. As ações serão realizadas também na próxima semana, informa a Prefeitura.

Nestes dias 11 e 12 de dezembro, um mutirão de limpeza está em curso na região Norte da cidade, nos bairros Vila Olímpia, Parque Cidade, San Martin, Campo Florido, Mirassol, CDHU, Jardim Campineiro, São Marcos e Santa Mônica. Mais de 100 mil moradores serão atingidos pela ação.

 Um contingente de 515 homens – sendo 255 reeducandos – será mobilizado para trabalhos que incluem remoção de resíduos, roçada de córrego e mato, arborização, corte de grama, poda, capinação e varrição. Seis equipes vão atuar em atividades de cata-treco e limpeza de bocas de lobo. Na mesma região aconteceu bloqueio químico nesta quinta-feira, dia 11, no Jardim São Marcos. E, na sexta-feira, 12, remoção de criadouros e cata-bagulhos na Vila Padre Anchieta.

 O biólogo Ovando Provatti, coordenador do Programa de Controle da Dengue da Vigilância em Saúde (Visa) Norte, destacou que as áreas que estão sendo trabalhadas apresentam desafios ambientais relevantes, como muitos pontos de descarte de resíduos.

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