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Palestra em Campinas no dia 21 aborda a sexualidade na Doença de Parkinson
Omar Rodrigues, presidente da ACP: discutindo um tema tabu (Foto Divulgação)

Palestra em Campinas no dia 21 aborda a sexualidade na Doença de Parkinson

Um tabu que continua representando um grande desafio para a sociedade brasileira.  A Sexualidade no Parkinson é o tema de uma palestra gratuita neste sábado, 21 de março, a partir das 14h30, no Salão Social da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Jardim Nova Europa, em Campinas (rua Maestro Jaime Lopes Diniz, 235). A palestra será ministrada pela médica neurologista Elisabeth Quagliato, considerada uma das maiores especialistas em Parkinson no Brasil. Maiores informações sobre a palestra: (19) 99602.0408.

A promoção é da Associação Campinas Parkinson (ACP), cujo presidente, Omar Abel Rodrigues, destaca a relevância de tratar de um tema considerado tabu. “É muito importante que essa questão seja discutida pelos portadores da doença e seus familiares”, observa.

A Associação promove encontros mensais gratuitos para apresentar e discutir assuntos importantes para os portadores da Doença de Parkinson. Nesses encontros os participantes, além de ampliar seus conhecimentos na esfera médica e em outros campos, também têm a oportunidade de se confraternizar no final.

A missão da ACP é divulgar a Doença de Parkinson, utilizando todos os meios de comunicação possíveis, e acolher os envolvidos com a enfermidade.

Como explica a ACP, a Doença de Parkinson, enfermidade descrita pela primeira vez em 1817, pelo médico inglês James Parkinson,  é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva. É causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor (substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas).

A dopamina, continua a ACP, com informações da Academia Brasileira de Neurologia, ajuda na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática, ou seja, o ser humano não precisa pensar em cada movimento que seus músculos realizam, graças à presença dessa substância no cérebro. Na falta dela, particularmente numa pequena região encefálica chamada substância negra, o controle motor do indivíduo é perdido, ocasionando sinais e sintomas característicos.

O quadro clínico basicamente é composto de quatro sinais principais: tremores; acinesia ou bradicinesia (lentidão e diminuição dos movimentos voluntários); rigidez (enrijecimento dos músculos, principalmente no nível das articulações); instabilidade postural (dificuldades relacionadas ao equilíbrio, com quedas freqüentes). Para o diagnóstico, observa a Associação Campinas Parkinson, não é necessário entretanto que todos os elementos estejam presentes, bastando dois dos três primeiros itens citados.

A Doença de Parkinson, destaca a Associação, costuma instalar-se de forma lenta e progressiva, em geral em torno dos 60 anos de idade, embora 10% dos casos ocorram antes dos 40 anos (parkinsonismo de início precoce) e até em menores de 21 anos (parkinsonismo juvenil). Ela afeta ambos os sexos e todas as raças. Os sintomas aparecem inicialmente só de um lado do corpo e o paciente normalmente se queixa que “um lado não consegue acompanhar o outro”. O tremor é caracteristicamente presente durante o repouso, melhorando quando o paciente move o membro afetado.

A Doença de Parkinson, completa a ACP, é tratável e geralmente seus sinais e sintomas respondem de forma satisfatória às medicações existentes. Esses medicamentos, entretanto, são sintomáticos, ou seja, eles repõem parcialmente a dopamina que está faltando e, desse modo, melhoram os sintomas da doença. Devem, portanto, ser usados por toda a vida da pessoa que apresenta tal enfermidade, ou até que surjam tratamentos mais eficazes.

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