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As vozes da Paisagem Silenciosa de Martinho Caires, em janeiro no MACC
Como o indivíduo percebe o lugar onde vive e convive? A indagação sempre presente na exposição Paisagem Silenciosa (Foto Martinho Caires)

As vozes da Paisagem Silenciosa de Martinho Caires, em janeiro no MACC

No discurso do silêncio da solidão urbana, as vozes da poesia e dos afetos. “Paisagem Silenciosa”, a nova exposição do fotógrafo Martinho Caires, ainda pode ser apreciada no mês de janeiro no Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MACC), de terça a sábado das 10h às 18h (quinta das 10h às 22h) e domingo das 11h às 15h. O MACC sedia outras duas exposições no primeiro mês de 2016, todas com entrada grátis.

“Paisagem Silenciosa” resulta de projeto aprovado pelo Fundo de Investimentos Culturais de Campinas (FICC), ligado à Secretaria Municipal de Cultura. A curadoria tem assinatura de Ligia Testa, produtora cultural e responsável pela concepção e organização de várias mostras individuais e coletivas.

São mais de 30 fotos, concebidas em momentos distintos da trajetória do fotógrafo. Entre elas estão tanto imagens da década de 1990, obtidas com equipamento analógico, como fotos digitais, produzidas desde o início do século 21. A exposição permite ao observador, portanto, acompanhar a evolução do olhar crítico do fotógrafo sobre o que significa ser humano no ecossistema urbano.

Fotógrafo, fotojornalista e artista de imagens, Martinho Caires também é produtor cultural e profissional de marketing. Participou em mais de 60 exposições individuais e coletivas. Entre outros prêmios, foi contemplado em editais da Funarte, que viabilizaram a circulação de suas fotos em espaços consagrados como Galeria Funarte do Rio de Janeiro, Espaço UFF de Fotografia de Niterói e Galeria Itaú de Brasília e São Paulo. Participou, igualmente, de coletiva na Galeria Itaú de Campinas e da coletiva “Unicamp 40 Anos” no Espaço Cultural CPFL. Caires  é fotógrafo e editor da Agência Social de Notícias.

O fotógrafo está atento ao microcosmo humano no espaço da cidade (Foto Martinho Caires)

O fotógrafo está atento ao microcosmo humano no espaço da cidade (Foto Martinho Caires)

Também no MACC em janeiro, a exposição “Pintura dos Anos 60”, que ilustra, com a participação de 42 obras de 15 artistas plásticos, a importância da arte brasileira na luta contra o estruturalismo e outros “ismos” políticos e sociais. A terceira exposição em cartaz nesse mês no museu é “Tempo, Espaço e Lugar”, que mescla arte e ciência e usa a ideia do espaço geográfico com referência nos textos de Milton Santos, porque, para o escritor, o espaço geográfico é o lugar é onde se estabelecem as relações sociais, econômicas e políticas. São trabalhos de seis artistas: Carol Seiler, Fulvia Molina, João Carlos de Sousa, Lynn Carone, Marcia Gadioli e Vera Toledo com curadoria de Marcelo Salles.

A geografia crítica de Milton Santos pelo olhar de seis artistas, a reflexão sobre os convulsivos anos 60 e o pensamento visual de Martinho Caires sobre a solidão urbana: janeiro é mês de arte, fruição, lazer e muitos questionamentos, um cardápio completo a todos que forem visitar o MACC, na rua Benjamin Constant, 1633, ao lado da Prefeitura de Campinas.

Exposição permite acompanhar evolução do olhar crítico do fotógrafo (Foto Martinho Caires)

Exposição permite acompanhar evolução do olhar crítico do fotógrafo (Foto Martinho Caires)

 

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