No dia em que 220 mil soldados do Exército foram às ruas em 350 cidades, na mobilização nacional contra o Aedes aegypti, a presença em Campinas do ministro da Defesa, Aldo Rebelo, do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do secretário estadual da Saúde, David Ewerson Uip, em ato neste sábado, 13 de fevereiro, na Lagoa do Taquaral, confirmou como a região é considerada estratégica no combate ao mosquito. A presença do governador paulista, principalmente, deu ao evento uma conotação de política partidária, com a adesão de deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores da várias cidades da região metropolitana.
Os principais personagens chegaram separados. Primeiro o governador Alckmin, logo cercado pelos correligionários e assessores, que lhe entregaram um colete com a convocação de combate ao Aedes aegypti. Pouco depois estacionou, no Portão 1 da Lagoa do Taquaral, a van com o ministro da Defesa, o vice-prefeito em exercício Henrique Magalhães Teixeira e o secretário municipal da Saúde, Carmino de Souza.
A cada discurso, a leitura da ampla lista de presentes. O ministro Aldo Rebelo justificou a participação maciça dos militares na mobilização nacional como parte da missão das Forças Armadas, “de proteger as fronteiras e a integridade do país, mas também de ajudar a construir esse país, contribuindo com o desenvolvimento científico e com ações sociais”.
Geraldo Alckmin acentuou a mobilização do governo paulista, com destaque para os mutirões que serão realizados todos os sábados, pelo menos até o mês de abril, visando a eliminação de criadouros do Aedes aegypti. Alckmin afirmou que o governo pagará R$ 120,00 aos agentes que trabalharão nesses mutirões aos sábados, e que almejam atingir todos os 645 municípios paulistas.
O vice-prefeito de Campinas, Henrique Magalháes Teixeira, atualmente prefeito em exercício, destacou o fato do evento ser realizado na Lagoa do Taquaral, segundo ele “um dos espaços mais democráticos” da cidade. Após o ato, o vice e outros membros do governo municipal participaram do mutirão especial nas regiões Sul e Sudoeste, onde estão concentrados importantes focos do Aedes aegypti.
De qualquer modo foi um sábado histórico, pela presença de representantes da União, Estado e município, ratificando como a Região Metropolitana de Campinas (RMC) é considerada, pelas autoridades sanitárias e diversas instâncias de governo, como estratégica no combate ao Aedes aegypti e às quatro doenças a ele associadas: dengue, Zika Vírus, chikungunya e febre amarela. A Agência Social de Notícias tem destacado a relevância da RMC nas estratégias de combate ao mosquito (Ver aqui).