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Trilogia teatral sobre dependência química abre as portas para o diálogo sobre tema tabu
Elenco das peças "Ainda" e "Agora", da Cia Garatujas (de pé, da esq. para dir.): Ailton Rosa, Carlos De Niggro, Carlos Mariano e o diretor . Marcos Caruso; (sentado) José Scavazini

Trilogia teatral sobre dependência química abre as portas para o diálogo sobre tema tabu

Para falar sobre dependência química nas escolas ou em família é preciso derrubar inúmeras barreiras. O tema tabu traz uma carga emocional, muitas vezes traumática ou carregada de preconceitos. A abordagem no teatro, no entanto, abre as portas para o diálogo. Este é o resultado de duas peças, “Ainda” e “Agora” – apresentadas ontem e hoje, respectivamente, no Teatro Castro Mendes, em Campinas –, ambas dirigidas por Marcos Caruso.

A Cia Garatuja fez sessões especiais para alunos de escolas públicas e membros do Instituto Padre Haroldo (entidade que acolhe e cuida de dependentes químicos). A iniciativa faz parte do Projeto Cidadão, iniciado há oito anos pelo Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas de São Paulo (Coned), presidido pelo vereador Luiz Carlos Rossini. Para trazer as peças a Campinas, o Coned contou com o apoio do Conselho Municipal de Entorpecentes e da Prefeitura de Campinas.

Carlos Mariano (ao fundo) e José Scavazini na peça "Agora", que mostra o confinamento de dependentes químicos

Carlos Mariano (ao fundo) e José Scavazini na peça “Agora”, que mostra o confinamento de dependentes químicos

Trilogia

O projeto prevê uma terceira peça ainda em fase de elaboração – “Depois” –, que completará a trilogia sobre dependência química. O primeiro texto – “Ainda” -, escrito por Gilda Eliza, apresenta o confronto de um jovem usuário com o seu pai. Os sentimentos mais profundos são revelados no enredo e a falta de diálogo entre pais e filhos fica explícita no palco.

O texto de José Scavazini em “Agora” revela a agonia do confinamento, com suas dores e dificuldades, dentro de uma comunidade terapêutica de recuperação. Ribeiro tem 50 anos e está internado há 90 dias especialmente pelo uso de craque. Toni tem 30 anos, internado há 20 dias, é usuário de cocaína. Flavinho tem 27 anos, internado há sete dias, é usuário de maconha. Gil tem 52 anos, é alcoólatra e está chegando à clínica.

Carlos De Niggro e Ailton Rosa na peça "Ainda", onde as dificuldades na relação entre pai e filho é exposta

Carlos De Niggro e Ailton Rosa na peça “Ainda”, onde as dificuldades na relação entre pai e filho é exposta

 

Ainda”

Texto Gilda Eliza

Direção Marcos Caruso

Atores Carlos Mariano, José Scavazini, Ailton Rosa e Carlos De Niggro

Realização Cia. Garatujas

 

Agora”

Texto José Scavazini

Direção Marcus Caruso

Atores Carlos Mariano, José Scavazini, Ailton Rosa e Carlos De Niggro

Realização Cia Garatujas

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