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Região de Campinas e Piracicaba é “heptacampeã” em mortandades de peixes
Rio Piracicaba, no famoso salto, com menos de 10% de sua vazão histórica em janeiro de 2015, ano que continuou a registrar muitas mortandades de peixes nas bacias PCJ (Foto Adriano Rosa)

Região de Campinas e Piracicaba é “heptacampeã” em mortandades de peixes

A região de Campinas e Piracicaba, localizada nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), continuou liderando em 2015 o ranking de mortandades de peixes no estado de São Paulo. Foram 33 mortandades de peixes nas bacias PCJ, 22,2% das 148 mortandades verificadas em todo território paulista. Os dados do Relatório de Qualidade das Águas Superficiais do Estado de São Paulo 2015, elaborado pela Cetesb e publicado nesta semana, comprovam que a região de Campinas e Piracicaba, “heptacampeã” em mortandades de peixes no estado, ainda precisa evoluir muito na melhoria da qualidade das águas superficiais, apesar das bacias PCJ liderarem em termos de índice de tratamento de esgotos urbanos entre as regiões mais populosas.

Depois das bacias PCJ, a região da bacia do rio Mogi Guaçu apareceu em segundo lugar no ranking de mortandades de peixes em 2015, com 22, e em terceiro lugar ficou as bacias dos rios Turvo e Grande, com 14 mortandades.  As 148 mortandades em 2015 representaram queda em relação aos 213 registros de 2014, ano da forte estiagem em território paulista.

Foi a sétima vez consecutiva que a região de Campinas e Piracicaba liderou o ranking de mortandades de peixes no estado. De fato, as bacias PCJ vêm mantendo a triste liderança na mortandade de peixes desde 2009, sendo responsáveis por 24% dos registros naquele ano, 26% em 2010, 22% em 2011, 29% em 2012, 27% em 2013, 24% em 2014 e 22,2% em 2015.

Tratamento de esgotos – Em 2015, as bacias PCJ, que somam 5,3 milhões de habitantes, atingiram 73% de tratamento de esgotos urbanos, maior índice entre as regiões mais populosas do estado de São Paulo. Depois aparecem a bacia do Paraíba do Sul, com 2 milhões de habitantes e 71% de tratamento de esgotos, e a bacia do Alto Tietê, onde está a Grande São Paulo com seus mais de 20 milhões de moradores, com 53% de tratamento de esgotos.

A Baixada Santista, que tem 1,8 milhão de moradores, soma 15% de tratamento de esgotos, o menor índice em todo estado de São Paulo. Em termos gerais, os maiores índices de tratamento de esgotos urbanos são das bacias do Baixo Tietê e Aguapeí, ambas com 97% de tratamento, mas com apenas 739 mil e 340 mil moradores, respectivamente. Os dados também são do Relatório de Qualidade das Águas Superficiais do Estado de São Paulo 2015. (Por José Pedro Martins)

 

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