O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lançou nesta terça-feira, 25 de novembro, o Atlas do Desenvolvimento Humano das Regiões Metropolitanas Brasileiras. O Atlas mostra que houve uma redução da distância em desenvolvimento entre as regiões metropolitanas localizadas no Nordeste e aquelas no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Entretanto, a publicação confirma que, no interior de cada região metropolitana, existem muitas desigualdades, em termos de renda, escolaridade e esperança de vida ao nascer.
Segundo o Atlas, as Regiões Metropolitanas de São Paulo, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Vitória são as de maior Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Manaus, Belém, Fortaleza, Natal e Recife são as RMs com menor IDHM. O Atlas resulta de parrceria entre o PNUD, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro (FJP). Os dados são calculados com base nos Censos Demográficos de 2000 e 2010, do IBGE.
O Atlas contempla a evolução dos indicadores de desenvolvimento humano entre 2000 e 2010 em 16 Regiões Metropolitanas Brasileiras. Além disso, faz uma radiografia do IDH de sub-regiões dentro dessas regiões metropolitanas, denominadas Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs).
Na primeira etapa do projeto foram reunidas informações de 16 RMs: Belém, Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Distrito Federal, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo e Vitória.
“Para além de evidenciar o fato de que o país ainda tem um caminho a percorrer na redução das desigualdades em suas cidades, a intenção do Atlas é justamente ajudar no estabelecimento de políticas inclusivas que tenham como fim a melhoria das condições de vida das pessoas”, afirmou o representante residente do PNUD no Brasil, Jorge Chediek.
O conceito de desenvolvimento humano, bem como sua medida, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), foram apresentados em 1990, no primeiro Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), idealizado pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq, com a colaboração do economista Amartya Sen.
O IDH é composto por três indicadores, a expectativa de vida ao nascer, o acesso à educação e o padrão de vida, incluindo renda. Quanto mais próximo de 1, maior o IDH. Em 2012, o PNUD Brasil, o Ipea e a Fundação João Pinheiro começaram parceria para adaptar a metodologia do IDH Global para calcular o IDH Municipal (IDHM) dos 5.565 municípios brasileiros. Esse cálculo foi realizado a partir das informações dos três últimos Censos Demográficos do IBGE – 1991, 2000 e 2010. Agora foi calculado o IDH de 16 das regiões metropolitanas brasileiras.
Região Metropolitana | IDH 2000 | IDH 2010 |
São Paulo | 0,714 | 0,794 |
DF | 0,680 | 0,792 |
Curitiba | 0,698 | 0,783 |
Belo Horizonte | 0,682 | 0,774 |
Vitória | 0,678 | 0,772 |
Rio de Janeiro | 0,686 | 0,771 |
Goiânia | 0,667 | 0,769 |
Cuiabá | 0,668 | 0,767 |
Porto Alegre | 0,685 | 0,762 |
São Luis | 0,642 | 0,755 |
Salvador | 0,636 | 0,743 |
Recife | 0,627 | 0,734 |
Natal | 0,625 | 0,733 |
Fortaleza | 0,622 | 0,732 |
Belém | 0,621 | 0,729 |
Manaus | 0,585 | 0,720 |
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano das Regiões Metropolitanas Brasileiras, 2014