A renovação da outorga para que a Sabesp continue gerenciando o Sistema Cantareira deve estar concluída até 31 de outubro deste ano. É o que prevê o cronograma acertado entre a Agência Nacional de Águas e o Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE). Serão três fases para as discussões, sobre a renovação da outorga do Sistema que abastece mais de 6 milhões de moradores da Grande São Paulo e que tem influência direta no abastecimento da região de Campinas, localizada nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).
De fato, trata-se de uma oportunidade histórica para a região das bacias PCJ finalmente conseguir termos apropriados relacionados à outorga do Cantareira, e com isso a segurança hídrica. O Sistema entrou em operação em 1974, com importantes impactos para o abastecimento de água na região de Campinas-Piracicaba. Em 2004 houve a primeira renovação da outorga e outra ocorreria em 2014, tendo sido suspensa em função da crise hídrica.
Um dos pontos a serem discutidos é o volume de água liberada do Cantareira para as bacias PCJ. Os termos da outorga de 2004 indicavam uma liberação de no máximo 5 metros cúbicos, ou 5 mil litros, por segundo para a região de Campinas, embora atualmente, com a crise hídrica, esteja sendo liberado pouco mais de 1 m3. Mas a região de Campinas vai lutar pela liberação de muito mais do que os 5m3/s , considerando que as águas para o Cantareira saem da bacia do rio Piracicaba. Além disso, vai se empenhar pela conclusão de dois novos reservatórios, nos rios Jaguari e Camanducaia.
De acordo com o calendário estabelecido pela ANA (responsável pelos rios federais) e DAEE (responsável pelos rios de domínio estadual), na primeira etapa, até 12 de junho, serão disponibilizados os dados de referência atualizados até 2014. Esses dados incluem documentos normativos, séries de vazões e de qualidade da água, demandas e dados operacionais, entre outros.