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Governo quer diálogo sobre centro de Campinas, diz secretário da Cultura
O sol brilha no centro de Campinas: revitalização depende de dialogo (Foto José Pedro Martins)

Governo quer diálogo sobre centro de Campinas, diz secretário da Cultura

Grande público presente no lançamento do Movimento Vida no Centro de Campinas (Fotos Martinho Caires)

Grande público presente no lançamento do Movimento Vida no Centro de Campinas (Fotos Martinho Caires)

O governo municipal de Campinas quer o diálogo com a sociedade civil sobre ações para o Centro de Campinas. A afirmação foi feita pelo secretário municipal da Cultura, Ney Carrasco, na noite da última quarta-feira, 23 de julho, no lançamento do Movimento Vida no Centro de Campinas, ocorrido na Associação Campineira de Imprensa (ACI). O secretário anunciou que nos próximos dias a Prefeitura irá apresentar algumas de suas ideias e propostas para o Centro.

“O povo deve ir para a rua, porque isso é bom, na rua encontramos os amigos, ir para a rua é saudável”, afirmou o secretário municipal, sobre uma das motivações centrais das ações idealizadas pela Prefeitura para o Centro de Campinas. “O morador de Campinas, por várias razões, infelizmente passou a viver uma neurose urbana, traduzida no medo de ir para a rua. Precisamos superar isso”, afirmou.

Ney Carrasco lembrou que o prefeito municipal, Jonas Donizette, instituiu uma comissão com representantes de diversas secretarias municipais, para pensar ações destinadas a propiciar maior qualidade de vida no Centro de Campinas. A comissão é coordenada pela Secretaria Municipal de Cultura, “porque a Cultura tem interface com todas as áreas”, acentuou o secretário.

O propósito da comissão, destacou, é construir propostas para o médio e longo prazos. “É importante fazer direito, sem tempo definido. Não adianta fazer algo imediato, na pressa, que depois deve ser refeito. E fazer direito demanda muito estudo”, observou Ney Carrasco, citando o caso do Centro de Convivência Cultural.

Reiterando a disposição para o diálogo com a sociedade civil, o secretário revelou que a Prefeitura está determinando um perímetro na região central, onde serão realizadas ações que expressem a visão do atual governo municipal. “Será uma espécie de modelo sobre o que imaginamos para o Centro”, informou.

Uma das ideias em estudo, revelou, seria com relação à poluição visual. A tendência, informou, não é a postura radical que foi observada em São Paulo, com a proibição total de propaganda. “Mas alguma coisa para a região central pode ser pensado”, disse. Outro ponto em discussão, segundo o secretário, é um conjunto de diretrizes para a edificação na região central. “Às vezes uma construção está totalmente dentro da lei, mas acaba faltando sintonia com o entorno, com o sítio histórico onde está instalada”, comentou.

Vida no Centro – O Movimento Vida no Centro de Campinas pretende reunir apoios crescentes, entre a comunidade em geral, objetivando um Centro cada vez mais ativo, que expresse a valorização da cultura e do patrimônio histórico, um espaço para atividades econômicas sempre mais dinâmicas e geradoras de riqueza e renda, um território de respeito integral à vida, aos recursos naturais e aos direitos básicos de cidadania. Para isso, será um Movimento intersetorial, envolvendo diferentes áreas e parceiros.

O Movimento terá reflexões e ações norteadas por documentos e conceitos que expressam importantes avanços civilizatórios, como os das Cidades Educadoras, da Agenda 21, da Carta da Terra, da Declaração Universal dos Direitos Humanos, da Convenção sobre a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural (Carta de Paris), dos conceitos de Cultura Viva e Economia Criativa.  

Já manifestaram apoio ao Movimento Vida no Centro de Campinas, além da própria ACI, a Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), Clube de Diretores Lojistas (CDL), Conseg-Centro e Centro de Ciências, Letras e Artes (CCLA), DNA Social/Girasonhos, AEDHA-Guardinha, Campinas que Queremos – Observatório Cidadão e coletivos de cultura Nina, Moinho, UniCult, Rede Usina Geradora, Rede Mercados do Futuro, Iniciativa das Religiões Unidas e Associação Reconvivência.

Ney Carrasco: Prefeitura propõe ações duradouras para o Centro

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