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Pluralismo do olhar, em três exposições no MACC até 8 de maio
Uma das 35 fotografias de Giancarlo Giannelli, na exposição que presta tributo a Geraldo de Barros (Foto Martinho Caires)

Pluralismo do olhar, em três exposições no MACC até 8 de maio

O pluralismo do olhar, a diversidade de formas em ver e atuar sobre o mundo. Estas são as marcas do conjunto de três exposições em cartaz no Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MACC) até o dia 8 de maio. FotoForma 66, de Giancarlo Giannelli; Maré.02, de Ernesto Bonato; e Amorfo, de Jan M.O., tiveram sua vernissage na noite da última quinta-feira, 7 de abril. As exposições representam um painel de como os artistas utilizam diversos materiais e suportes para propor novas perspectivas estéticas e existenciais.

Giancarllo Giannelli: homenagem ao experimentalismo na fotografia (Foto Martinho Caires)

Giancarllo Giannelli: homenagem ao experimentalismo na fotografia (Foto Martinho Caires)

FotoForma 66 é uma homenagem de Giancarlo Giannelli a Geraldo de Barros (1923-1998), que realizou a primeira exposição de fotografia abstrata no Brasil, há 66 anos. Giannelli apresenta 35 fotografias, mesclando técnicas que situam as obras entre o figurativo e o abstrato.

Pesquisador revolucionário, Geraldo de Barros trabalhou com pintura e gravura, além da fotografia. Desconstrução é a palavra que sintetiza a sua concepção artística e seu método de trabalho. Desconstruir para reordenar, dar um novo formato. Um dos expoentes do Concretismo, Barros criou e/ou integrou grupos importantes, como FormInform,  Ruptura, Galeria Rex e Grupo 15. “Sobras” foi sua última exposição, em 1996, dois anos antes de falecer.

Ernesto Bonato e uma de suas oito xilogravuras expostas no MACC (Foto Martinho Caires)

Ernesto Bonato e uma de suas oito xilogravuras expostas no MACC (Foto Martinho Caires)

Maré.02, de Ernesto Bonato, destaca, por sua vez, a incursão do autor pela xilogravura. São oito xilogravuras imensas, de 3 x 4 metros, compondo a instalação do projeto iniciado na residência artística que Bonato fez no Instituto de Artes da Unicamp, entre agosto de 2011 e julho de 2012. O projeto ganhou o apoio do Programa de Incentivo à Cultura do Estado de São Paulo (Proac) e Secretaria de Cultura do Estado.

Jan M.O. e algumas de suas obras na mostra Amorfo (Foto Martinho Caires)

Jan M.O. e algumas de suas obras na mostra Amorfo (Foto Martinho Caires)

Na exposição Amorfo, Jan M.O. reúne conjuntos de imagens, associadas a ambigramas, que propõem um olhar mais atento para que sejam desvendados e interpretados. O artista desenvolve desde 2011 um trabalho de pesquisa enfatizando o uso do gotejamento da tinta spray, o pontilhamento manual do nanquim e o uso detalhista do grafite.

Três visões da arte e da vida. A arte contemporânea e suas múltiplas faces, mais um convite do MACC até o dia 8 de maio.

 

 

 

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