A definição do formato adequado para a iluminação pública é um dos desafios para melhorias no Centro de Campinas. Esta foi uma das questões discutidas no último dia 13 de agosto, quarta-feira, no Debate sobre Patrimônio Histórico e Gastronomia no Centro de Campinas. O evento foi realizado pelo Movimento Vida no Centro de Campinas e reuniu arquitetos, produtores culturais e especialistas em gastronomia, além de representantes de várias organizações da sociedade civil. O debate aconteceu no auditório da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC).
“Uma boa iluminação é fundamental para propiciar maior sensação de segurança para os moradores, que assim podem se sentir mais tranquilos para eventos no Centro”, disse Fileto de Albuquerque, presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg-Centro). Membro do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc), o filósofo e astrônomo Orlando Rodrigues Ferreira concordou com a importância da iluminação. Entretanto, observou que “existe muita poluição luminosa no Centro” e lembrou que já existem tecnologias para melhorar a iluminação, sem provocar essa poluição e a consequente perda da visão plena do céu.
O conselheiro do Condepacc pontuou que já existe a iluminação com foco, evitando-se a perda da luz e energia para o céu, o que provoca a poluição luminosa. “Também temos a tecnologia de led, que é muito eficiente e muito mais econômica”, lembrou Orlando Ferreira. Ainda a respeito da iluminação pública, notou que a partir de 2015 ela será de responsabilidade do Município, o que representa uma oportunidade de introdução de novas tecnologias no segmento na região central. Ele também comentou o empenho do Condepacc em avaliar todos os processos de tombamento do patrimônio histórico em Campinas, lembrando que mais de 90% dos bens tombados são do poder público.
A partir do primeiro dia de 2015, caberá às Prefeituras a responsabilidade pela iluminação pública, de acordo com resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Desta forma, os serviços de formulação de projeto, implantação, expansão, atendimento, operação e manutenção dos sistemas de iluminação pública ficarão a cargo das administrações municipais. Em Campinas o serviço será terceirizado, de acordo com licitação promovida pelo Palácio dos Jequitibás.