Agência Social de Notícias Notícias
A Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE) fixaram em 13,5 m³/s a retirada máxima de água do Sistema Cantareira para abastecer a Região Metropolitana de São Paulo e em 2 m³/s para a bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). A decisão dos reguladores, de acordo com comunicado conjunto assinado nesta quinta-feira, 5 de março, vale para a operação do Sistema até o dia 15 de março e tem como objetivo preservar um mínimo de água no Sistema, considerando que logo começa o período de estiagem e o temor é o de agravamento da crise hídrica.
Há cinco dias o nível do Cantareira está estacionado em 11,7%, já considerando o uso do Volume Morto. No ofício 075/2015, encaminhado ao DAEE, a Agência justifica que, “considerando as incertezas associadas às vazões afluentes ao Sistema Equivalente nos próximos dias, a ANA entende que os limites estabelecidos devam ser válidos para o período 01 a 15 de março de 2015, quando deverá ser feita nova avaliação”. Sistema Equivalente é como os órgãos públicos denominam o Cantareira.
A ANA indica no ofício que “há meses” vem alertando para a necessidade de estabelecimento de uma metodologia capaz de atingir a meta de 10% do volume útil do Cantareira ao final do período chuvoso, que seria 30 de abril de 2015.
“Com o passar dos meses e a redução sistemática das vazões afluentes ao Sistema Equivalente, o atingimento desta meta vem ficando cada vez menos provável, a menos que ocorram chuvas muito abundantes nos próximos dois meses”, adverte a ANA. “Esta condição reforma a necessidade de definição de critérios mais conservadores para gerenciar a disponibilidade de água bruta”, ou seja, a água disponível no Sistema, acrescenta a Agência Nacional de Águas.
