As fortes chuvas de terça-feira confirmaram a urgência de Campinas e toda região metropolitana se prepararem de modo mais adequado para os eventos climáticos extremos. Os ventos chegaram a 98 km/h em alguns pontos da RMC, provocando centenas de derrubadas de árvores e destelhamentos. Milhares de pessoas ficaram sem energia elétrica e muitas ainda estavam nesta situação até as 16 horas desta quinta-feira, 10 de setembro.
A Defesa Civil de Campinas registrou, entre o início da madrugada e 17h30 de terça-feira, 68 milímetros de chuva. Ou seja, choveu em poucas horas mais do que a média histórica de setembro, que é de 59,5 milímetros, segundo o Cepagri/Unicamp. O máximo que já havia chovido em um dia em setembro era de 48 milímetros. Portanto, o temporal de terça-feira superou a máxima histórica.
Os desligamentos na rede de energia elétrica foram expressivos. Na manhã desta quinta-feira, a CPFL Energia emitiu comunicado, afirmando que, no pico das ocorrências, às 17h40 de terça-feira, “foram registrados 736 mil clientes sem energia na CPFL Paulista, e 100 mil consumidores na CPFL Piratininga”. Hoje, às 7 horas, de acordo com a CPFL, “95% dos clientes que tiveram o fornecimento de energia elétrica comprometido pelo temporal já tiveram o serviço restabelecido nas duas empresas”.
A CPFL reiterou que “todas as equipes de eletricistas das distribuidoras foram mobilizadas no início do temporal e permanecem acionadas para solucionar os casos de falta de energia o mais breve possível”. A empresa acentuou que às 16 horas desta quinta-feira havia, na Região Metropolitana de Campinas, 2 mil cientes afetados em Campinas, 4 mil clientes afetados em Americana, 1 mil cientes afetados em Santa Bárbara D´Oeste, 900 clientes afetados em Sumaré e 1 mil clientes afetados em Paulínia. Outras cidades e regiões atendidas pela CPFL continuavam com clientes afetados. O maior número era na região de Marília, com 6 mil clientes.