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Reconstrução da Campinas pós-microexplosões deve durar até o final de junho
Nas proximidades da Avenida Dr.Theodureto Camargo, marcas de destruição (Foto José Pedro Martins)

Reconstrução da Campinas pós-microexplosões deve durar até o final de junho

Para muitos moradores de Campinas ainda é nítida a memória dos impactos provocados pelas microexplosões atmosféricas ocorridas na madrugada de domingo, 5 de junho, e que causaram muita destruição. Aos poucos a cidade tenta se refazer depois de contabilizar os prejuízos e em um momento crítico, considerando que muitos serviços foram afetados recentemente por greve no funcionalismo municipal e rompimento de contrato entre a Prefeitura e a empresa que fazia a segurança e limpeza de prédios públicos. Na segunda-feira, dia 6, a Prefeitura anunciou ter conseguido na Justiça liminar garantindo a retomada do contrato na área de segurança.

Hoje à tarde a Prefeitura informou que o Departamento de Parques e Jardins, da Secretaria de Serviços Públicos de Campinas, já havia conseguido remover até esta quarta-feira, dia 8 de junho, 660 toneladas de galharia de árvores que as tempestades recentes derrubaram em vias públicas da cidade. A prioridade havia sido afastar esses restos de pontos onde o trânsito pudesse ser prejudicado, o que começou a ser feito já na segunda-feira, dia 6 de junho. Agora, os galhos estão sendo levados para uma área reservada no Aterro Delta, onde passarão por compostagem, produzindo material para adubação de canteiros e correção de solo de praças públicas.

A Prefeitura também informou que a Secretaria de Serviços Públicos mantém 1,2 mil profissionais trabalhando na recuperação das áreas afetadas pelas tempestades. Entre as ações de limpeza estão também desobstrução de bocas de lobo e retirada de entulho e lama acumulados em ruas e córregos. A estimativa é que os trabalhos de recuperação e limpeza da cidade durem até o final de junho, segundo a Secretaria. 

A chuva acumulada na cidade chegou a 180.8mm entre a madrugada de domingo e a tarde da última terça-feira, e a cidade permanece em estado de atenção.

A Defesa Civil realizou 450 vistorias em imóveis atingidos pela chuva ou pela queda de árvores até terça-feira. Não houve novas interdições de imóveis. Entre domingo e segunda, duas casas no condomínio São Conrado, em Sousas, e uma terceira no Parque São Quirino foram interditadas. Os proprietários dos imóveis devem, junto com os seus engenheiros, fazer reforma nas residências para colocá-las em condições de estabilidade e segurança, acrescenta o comunicado da Prefeitura.

 Segurança – No início da noite de segunda-feira, 6 de junho, a Prefeitura de Campinas informou ter conseguido uma liminar que garantia a retomada dos serviços da Gocil de Segurança e Vigilância Ltda, sob pena de multa diária no valor de R$ 20 mil. A decisão, proferida pelo juiz Mauro Fukomoto, da 1ª Vara da Fazenda, vale para o contrato de segurança; o pedido de liminar para a retomada dos serviços de limpeza ainda estava sendo analisado pela Justiça .

 Segundo o Município, a empresa tem dois contratos para serviços de vigilância patrimonial e limpeza nas unidades educacionais, totalizando R$ 97,2 milhões. O contrato de prestação de serviços de vigilância e segurança patrimonial é de R$ 65,4 milhões e foi renovado em 1º de abril de 2016, com duração de 15 meses. Já o contrato para limpeza nas unidades educacionais totaliza R$ 31,8 milhões e foi firmado em fevereiro.

Na quarta-feira passada, dia 01 de junho, a Gocil emitiu comunicado oficial sobre o rompimento do contrato, nestes termos: “Com muito pesar e após todas as tentativas de negociação e de acordo, a Gocil anuncia, após mais de 20 anos de prestação de serviço, o rompimento do contrato com a Prefeitura de Campinas. O motivo do desacordo se deve há mais de três meses de inadimplência da contratante tanto para os serviços de segurança, como de limpeza. Além disso, a prefeitura não possui previsão de liquidação das parcelas correntes até dezembro de 2016″.

A Gocil afirmou ainda que “esteve em reuniões com a Prefeitura, por diversas vezes, para uma tentativa de acordo e regularização, mas não teve retorno. A empresa de segurança avisou previamente que iria retirar o corpo operacional, mas manteve a qualidade e comprometimento na prestação de seus serviços até o último instante. A companhia ressalta, ainda, que fará o possível para realocar o maior número de colaboradores em outros contratos na região. Durante a vigência de seus serviços, a Gocil disponibilizou certa de 1600 colaboradores para atender a prefeitura nas áreas de saúde e educação. Vale lembrar que todos os funcionários tiveram seus salários e benefícios honrados conforme o previsto em lei”, concluiu o comunicado da empresa.

Segundo informações, a empresa recorrerá da decisão judicial. Nesta quarta-feira alguns espaços públicos continuavam sem a segurança adequada e serviços prosseguiam comprometidos.

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